YEMANJÁ

 


Hoje levei umas rosas

Para perto do mar
Quando das serenas horas
Cheguei e vi chegar

Sou meio discreto
Na hora de me apresentar
Como não sei se estou certo
Calado, fico a esperar

Então, num simples alento
Do que sou e vim buscar
Do murmúrio ao lamento
Que posso dizer a Yemanjá?

Ó sagrado que há no mar!
Então, sobre as ondas um altar
Um rosto prata a espelhar
Das vagas, mãe e senhora a revelar

Do que poderei te acalmar?
Sonha querido com infinito luar
Desses que se pode por inteiro amar
Num pôr-do-sol por testemunhar

Vasto é meu afeto
Entre os homens secretos
Ou entes abertos ao meu guiar

Sou rainha Iorubá e posso estar
Em tudo e em todo lugar
Só não sejas discreto em me amar

Carlos Costa França

 

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