MANIFESTO - O SABRE DE DIAMANTE
( Esse é um trecho do livro,
SURYA MAHADEVA- O Buda do Meio - A Luz no Sabre de Diamante)
Não é o corte que define o destino —
mas o discernimento (prajna)
e a luz que ele reflete antes de tocar o ar.
Há quem veja na lâmina apenas a força,
mas o verdadeiro praticante reconhece o silêncio.
Antes de qualquer movimento, há um ponto imóvel,
onde a mente cessa e a clareza começa.
O Sabre de Diamante não corta com violência,
mas com precisão —
e separa o necessário
de um necessário ainda maior,
onde o conflito se dissolve no mundo barulhento.
Essa luz não vem de fora —
nasce da lapidação interior:
de cada escolha difícil feita em verdade,
de cada emoção enfrentada sem fuga,
de cada medo transmutado em autoconhecimento,
de cada estudo refletido, aguçando o discernimento,
de cada amor que se aprofunda com a sabedoria,
de cada busca além das crenças humanas,
de cada mestre —
desde que o primeiro e último
seja você.
A luz no sabre é o instante em que o guerreiro da
sabedoria
não luta mais contra o mundo,
mas se torna parte do que deve ser feito —
sem ego, sem pressa, sem ruído.
É o gesto que não precisa provar nada,
porque já se tornou extensão da consciência desperta.
Nesse caminho, não se busca vitória.
Busca-se lucidez. Entendimento pleno. Integração.
E o brilho da lâmina é apenas o reflexo do espírito purificado.
Quem trilha esta senda não ergue o sabre para
aniquilar,
mas para desvelar —
um corte que não fere, mas liberta.
Discernimento é a lâmina que atravessa a névoa de
Maya:
seccionando a ilusão, a dúvida, o apego —
tudo o que é transitório e não resiste ao toque da vacuidade.
É disciplina viva no despertar:
Gesto de equilíbrio legítimo na Senda Óctupla,
lâmina hábil contra os véus da ignorância —
ferramenta perene de todo caminho
que respira sabedoria.
Pois o guerreiro do Dharma não luta contra
sombras,
mas as dissolve no fogo da atenção plena —
e no vácuo do corte, brilha o que sempre esteve lá:
a natureza última da mente,
indivisa, imaculada,
vacuidade em ação.
A luz do sabre
é a paz no centro da tempestade da dualidade —
pois diante dela,
a turbulência recua,
treme, afasta-se,
desaparece.
É firmeza que não se petrifica:
lâmina afiada no silêncio do sublime,
cortando as raízes do sofrimento
sem deixar cicatrizes.
Gesto preciso —
o instante transmutado
em eternidade.
Carlos Costa França
mas o discernimento (prajna)
e a luz que ele reflete antes de tocar o ar.
mas o verdadeiro praticante reconhece o silêncio.
Antes de qualquer movimento, há um ponto imóvel,
onde a mente cessa e a clareza começa.
mas com precisão —
e separa o necessário
de um necessário ainda maior,
onde o conflito se dissolve no mundo barulhento.
nasce da lapidação interior:
de cada emoção enfrentada sem fuga,
de cada medo transmutado em autoconhecimento,
de cada estudo refletido, aguçando o discernimento,
de cada busca além das crenças humanas,
de cada mestre —
desde que o primeiro e último
seja você.
não luta mais contra o mundo,
mas se torna parte do que deve ser feito —
sem ego, sem pressa, sem ruído.
porque já se tornou extensão da consciência desperta.
Busca-se lucidez. Entendimento pleno. Integração.
E o brilho da lâmina é apenas o reflexo do espírito purificado.
mas para desvelar —
um corte que não fere, mas liberta.
seccionando a ilusão, a dúvida, o apego —
tudo o que é transitório e não resiste ao toque da vacuidade.
lâmina hábil contra os véus da ignorância —
ferramenta perene de todo caminho
que respira sabedoria.
mas as dissolve no fogo da atenção plena —
e no vácuo do corte, brilha o que sempre esteve lá:
a natureza última da mente,
indivisa, imaculada,
vacuidade em ação.
é a paz no centro da tempestade da dualidade —
pois diante dela,
a turbulência recua,
treme, afasta-se,
desaparece.
lâmina afiada no silêncio do sublime,
cortando as raízes do sofrimento
sem deixar cicatrizes.
o instante transmutado
em eternidade.
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