Um Halloween Bem Diferente e Igual

 


Gramado amanheceu envolto em brumas nesse Domingo — como Avalon, a ilha mítica. Uma paisagem bela e paradoxal: próxima e distante, suspensa num véu entre os mundos. 

Não resisti. Hoje escrevo. 

Nestes últimos dias, vinha pensando em escrever sobre o Halloween que se aproxima, mas sob uma outra ótica: a lacaniana — algo do feminino que não pode ser simbolizado. Como talvez a famosa intuição feminina? Talvez necessitemos do que nos escapa... Uma certa coragem para o mistério, para o inefável... Há nela um “mais além” — algo excedente, não racional.

Enquanto tomava um cafezinho (a preços módicos, o que já é quase um milagre hoje em dia) próximo ao posto de saúde aqui em Gramado, preparava-me para o meu dia de atendimentos como psicólogo. Naquele instante tranquilo, ouvia reflexões sobre a vida e a produção intelectual de Michel Foucault — um sujeito ativo e criativo até seus últimos dias. Essa pulsão constante de produzir, esse impulso vital, é Eros em movimento (Freud, Eros como pulsão de vida).

E quantos não vivem assim — mesmo com as limitações do corpo — ainda visitantes plenos da vida. Foi então que me veio à mente Lacan, e sua frase tão precisa: “O desejo não envelhece.” O corpo envelhece, as formas se alteram, mas o desejo permanece.

Contudo, não se trata do desejo consciente, do que queremos no momento. Trata-se do desejo inconsciente, estruturante do sujeito — o verdadeiro desejo. É a força que nos impulsiona no jogo incessante entre falta e o desejo, entre o nunca se completar e o sempre desejar. Mas esse desejo, essa pulsão inconsciente, nem sempre nos conduz à satisfação: pode também nos levar à angústia, aos sintomas, aos padrões repetitivos.

O desejo de escrever, em mim, é praticamente imortal. No início deste ano, conversando com meu filho mais velho, disse-lhe que escreveria sobre os ciclos arturianos sob a perspectiva de Merlin. Sentia-me pronto finalmente. Foi quase um ritual. Não por acaso, ele se chama Merlin, e meu outro filho, Arthur.

Expliquei-lhe que pretendia escrever uma quadrilogia, e ele me perguntou como eu sabia que seriam quatro livros. Respondi apenas: “É muita história para caber em menos.” Contei-lhe também sobre a “versão feminina” dessa história mítica — As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley — que estou relendo antes de dormir (um ótimo antídoto contra as telas, aliás; tenho propagado essa filosofia entre meus pacientes).

E é aqui que Halloween e o feminino em Lacan se entrelaçam. Lacan dizia que o feminino — não necessariamente o gênero, mas aquilo que escapa à lógica fálica (o que pode ser nomeado, simbolizado) — é o “não-todo”. Algo que habita o mistério e a potência, o que não pode ser inteiramente dito (visto), apenas pressentido, como a névoa intensa sobre Avalon, sobre Gramado.

 

Halloween

Em sua origem, o Halloween é a noite em que os véus entre os mundos se tornam mais tênues — herança do antigo festival celta de Samhain (pronuncia-se Souen), quando vivos e mortos podiam se entrever e o tempo se curvava diante do mistério. Era o fim do ciclo das colheitas e o início do inverno: tempo de recolhimento, de morte simbólica e de preparação para o renascimento.

 

Com o passar dos séculos, esse rito ancestral foi sendo recoberto por camadas cristãs, transformado em “Noite das Bruxas” e, mais tarde, esvaziado de seu sentido original pela cultura popular. Mas, sob as máscaras e os enfeites de abóbora, ainda pulsa algo arcaico — a memória do feminino rejeitado, do saber interdito, do desejo que insiste em retornar.

 

Na literatura temos o exemplo desse retorno. Talvez as bruxas mais famosas da literatura clássica sejam as de Macbeth (1606). Personagens profundamente poéticas: suas falas são puro feitiço verbal.

 

“Fair is foul, and foul is fair,

Hover through the fog and filthy air.”

(“O belo é feio, e o feio é belo;

Vaguemos pela névoa e pelo ar impuro.”)

 

Outra possível, Noite de Walpurgis

 

(Johann Wolfgang von Goethe, tradução adaptada)

 

Nas encostas do Brocken, sob a lua,

ecoam risos, gritos, passos leves —

bruxas cruzam os ares em sua bruma,

rodopiam nas chamas e nas sebes.

 

O vento ruge — um cântico selvagem,

um coro antigo sobe da montanha;

entre fumaça e riso, o tempo é imagem,

e o mundo inteiro gira e se estranha.

 

Fausto as vê — são sombras, são desejos,

formas do sonho e do pecado antigo.

O fogo dança — o gozo é sem eixos,

e o inferno canta o amor como castigo.

 

É lindo demais isso.

 

Algum tempo atrás, enquanto lia trechos do meu livro A Lenda de Arquitaurus para preparar uma sequência a ser submetida a um concurso literário na Amazon, tive a ideia de escrever algo sobre o Halloween a partir de Ctônia — uma das quatro personagens femininas centrais da série. Cada uma delas está associada a um dos naipes do baralho comum e do Tarô, e Ctônia, a mais profunda delas, é ligada aos mistérios e às camadas subterrâneas da alma. A proposta me atraiu de imediato, mas acabei desistindo.

 

Primeiro, porque já estava mergulhado em outro eixo simbólico: escrevia sobre Merlin e refletia sobre os contornos das minhas figuras femininas — até então, só havia aparecido Sylwen, a druidisa sábia, A Primeira da Bretanha. Depois, porque algo em mim começou a se deslocar: o olhar foi se afastando do mito e se voltando para o pensamento.

 

Foi nesse estado de transição que, tomando um cafezinho (a preços quase milagrosos nos dias de hoje) perto do posto de saúde aqui em Gramado, me preparava para mais um dia de atendimentos como psicólogo. O céu, intensamente azul — como só o Sul sabe oferecer —, e a luz do meio-dia inundando a paisagem com uma presença quase escandalosa, parecia querer devorar as sombras das construções enfileiradas ao longo da avenida, cujo nome homenageia o feriado do Dia do Trabalho. Bem, o Sol estava no seu pleno trabalho...

 

Naquele instante de calma, ouvia reflexões sobre a vida e a produção intelectual de Michel Foucault — um sujeito ativo, criativo e inquieto até seus últimos dias. Essa pulsão constante de produzir, esse impulso vital que o animava, é, como diria Freud, Eros em movimento: a pulsão de vida.

 

Lembrei-me, então, dos livros que havia lido na faculdade de Psicologia — História da Loucura, História da Sexualidade, Vigiar e Punir — e percebi que, naquela época, talvez não lhes tivesse dado a atenção que mereciam. Agora, porém, algo diferente me chamava: não apenas suas ideias, mas sua própria maneira de viver. O modo como Foucault pensava — e vivia — o corpo, o desejo, o poder — tudo isso me conduziu, quase inevitavelmente, a Lacan.

 

Foi então que compreendi: talvez o feminino que eu buscava — em Ctônia, em Morgana, em tantos escritos do passado — não estivesse apenas nas personagens, mas no próprio gesto de escrever. Naquele movimento de abrir fendas no simbólico, de deixar o inominável falar através das palavras.

 

De fato, já havia tocado esse território antes, em poemas antigos. Um deles, já publicado, trazia justamente Morgana:

 

    Morgana I  

 

    Os espíritos aéreos moviam-se com elegância numa dança perpétua, servindo na fina névoa vespertina.

    A luz do luar afrontava a suavidade de seus pensamentos —

    mas corrompia a ilusão imerecida, revelando um compromisso e uma urgência:

    ser mãe, sacerdotisa e rainha.  

 

    Suas palavras haviam nascido no coração do destino,

    mulher surgida entre tempestades e calmarias.

    Os ventos do norte mereciam sua atenção agora —

    mereciam seu toque, sua armadilha voraz de crescimento,

    seu embaraço na tessitura de dois hálitos indistintos.  

 

    Mas a ilha mágica golpeava o mundo com o mistério,

    golpeava o tempo com desdém,

    golpeava a razão esnobe com a intuição feminina.  

 

    Morgana reagia à indiferença das águas de suas terras, mas não aos chamados secretos do seu sexo.

    Suas forças e suas mortes haviam sido conquistadas nas montanhas das guerreiras —

    e, ainda assim, ela não compreendia por completo que também era preciso viver no mundo dos homens.

    

 

Foucault, ao tratar da loucura, da sexualidade e do poder, expunha as bordas da razão — mostrava como todo saber carrega consigo uma exclusão, um silêncio. A mulher, o louco, o herege, a bruxa: esses nomes apontam para aquilo que a ordem tenta conter, marginalizar, silenciar.  

 

Da mesma forma, Lacan, ao falar do feminino como participante do “não-todo”, não se referia à mulher empírica, mas àquilo que escapa ao discurso — o ponto em que a linguagem falha, onde o gozo ultrapassa o que pode ser dito.  

 

E talvez seja exatamente aí — nessa falha, nesse excesso — que o feminino ressoe mais profundamente. Não como essência, mas como abertura. Não como figura, mas como gesto. O mesmo gesto que escreve, que interroga, que ousa dar voz ao que não cabe inteiro nas palavras.


Nesse ponto, é impossível não recordar Freud e Jung, os dois grandes precursores que abriram as portas desse território sombrio.

Para Freud,  calculo eu, aquilo que o Halloween poderia representar — os mortos que retornam, os monstros que emergem, as máscaras que revelam mais do que escondem — é o retorno do recalcado. O que a consciência tentou banir do campo da linguagem reaparece sob outra forma, disfarçada, carnavalesca, muitas vezes cômica, mas sempre inquietante. O inconsciente freudiano é esse subterrâneo vivo e pulsante que insiste em falar, mesmo quando o ego quer dormir em paz.

 

Já Jung, certamente veria esse mesmo movimento sob outra luz: para ele, o Halloween seria o rito da Sombra. A noite em que o indivíduo e a coletividade são convidados a olhar para os próprios fantasmas — as partes negadas, esquecidas ou temidas de si. A Sombra, quando reconhecida, torna-se ponte de integração; quando negada, torna-se destino (e aqui não no sentido que o termo tem de bom). Assim, o simbolismo de Samhain expressa a jornada junguiana: descer às profundezas da alma para reencontrar o que foi separado — e retornar mais inteiro.

 

Freud e Jung, portanto, se encontram aqui: ambos reconhecem que o que é reprimido retorna — seja como sintoma, seja como símbolo.

E Lacan, ao reformular essa herança, transforma o retorno do recalcado em retorno do significante: a palavra que insiste, o desejo que fala, o furo no discurso que nenhuma razão consegue suturar.

 

Halloween, então, é o palco onde esses três olhares se cruzam:

Freud revela o inconsciente que emerge do subterrâneo;

Jung mostra a Sombra que precisa ser acolhida;

Lacan aponta o lugar onde o simbólico falha e o real se impõe.

 

Porque o verdadeiro espírito do Halloween não está nas abóboras, nem nas fantasias, mas nessa coragem de olhar para o que nos habita — de caminhar pelas margens da razão, de aceitar o retorno do que foi negado e, assim, permitir que algo novo nasça.

 

É a noite em que os véus se tornam finos — e, talvez por um instante, possamos vislumbrar não apenas os mortos, mas também as partes de nós que aguardam renascer. Foi assim que a escrita sobre Ctônia — e mesmo sobre a personagem Morgana, agora no correr da escrita no livro Merlin — abriu-se em outra direção: a do feminino em Lacan, esse lugar onde o simbólico vacila e o real irrompe, tal como na noite de Samhain.

Talvez o feminino — esse feminino arcaico de Ctônia e de Morgana — seja precisamente o nome desse entre-lugar: o espaço onde o recalcado encontra voz, onde a sombra dança e onde o real respira pelas fendas do simbólico.

 

A figura da bruxa, perseguida e ao mesmo tempo temida, é a personificação histórica desse feminino que não se deixa capturar totalmente pelo simbólico. Ela representa o que escapa à ordem do discurso, o que desafia a racionalidade e a lei do Pai. Carrega em si uma relação direta com o gozo e com o real, com aquilo que não se traduz, não se submete, não se doma. Por isso, a sociedade patriarcal tentou, por séculos, calar e queimar esse corpo que sabia — esse corpo que gozava de outra maneira.

 

O Halloween, então, sob essa ótica, é a noite em que o inconsciente se permite emergir. É o instante simbólico em que o “real” lacaniano — esse campo que escapa à simbolização — ganha licença para surgir. As máscaras e fantasias não são apenas brincadeiras: são significantes móveis que nos permitem, por um breve momento, tocar o indizível, brincar com nossos próprios monstros, desejar o que normalmente é interdito.

 

A bruxa, como o desejo, não envelhece. Ela retorna sempre — nas histórias, nas telas, nos sonhos — para nos lembrar de que há algo em nós que não pode ser totalmente domesticado. Algo que insiste, que arde sob as cinzas da razão.

 

E talvez seja por isso que, em meio à névoa de outubro, nos fascina tanto o medo: porque nele reconhecemos, de modo invertido, a presença do que somos, mas não ousamos admitir.

 

CONCEITOS E EXEMPLOS

Em Lacan, o Real é uma das três ordens ou registros fundamentais que estruturam o sujeito, junto com o Simbólico e o Imaginário. Essas três instâncias — Real, Simbólico e Imaginário (RSI) — formam o alicerce da teoria lacaniana da subjetividade.

 O Imaginário

É o primeiro registro a se formar, ligado à imagem, ao corpo e à constituição do eu.

Surge com o Estágio do Espelho, quando o bebê se reconhece no espelho e identifica aquela imagem como “eu”.

Mas esse “eu” é uma ficção, uma imagem unificada que mascara a fragmentação e a falta interna do sujeito.

O Imaginário está ligado às identificações, à rivalidade, à miragem do semelhante — é o reino do narcisismo, da forma e da coerência ilusória.

Palavras-chave: imagem, ego, identificação, rivalidade, ilusão de unidade.

 

O Simbólico

 

É o campo da linguagem, da lei e da diferença.

É o registro que estrutura o sujeito como falante — o sujeito do inconsciente é um efeito da linguagem.

A entrada no Simbólico se dá com a Lei do Pai (o Nome-do-Pai), que introduz a castração simbólica: a criança aprende que não pode tudo, que há um interdito (o tabu do incesto), e assim ingressa na cultura.

No Simbólico, tudo é mediado por significantes. O desejo se articula no encadeamento de significantes, nunca se satisfaz totalmente.

 

 Palavras-chave: linguagem, lei, diferença, interdição, estrutura.

 

 O Real

 

É o registro mais difícil de apreender — o que não pode ser simbolizado.

O Real é aquilo que escapa à linguagem, o que retorna sempre ao mesmo lugar.

É o impossível de ser dito, o que resiste à simbolização.

O trauma, por exemplo, é uma irrupção do Real: um acontecimento que não pode ser integrado à narrativa simbólica.

 

No campo clínico, o Real aparece como angústia, gozo, falha da linguagem ou encontro com o impossível.

Palavras-chave: impossível, trauma, furo, gozo, o que não se representa.

 

O FALO

 

Para o psicanalista francês, Jacques Lacan, o falo não é o órgão sexual masculino, mas um significante — o significante do desejo.

Ele não pertence ao corpo, e sim à linguagem: é o símbolo que organiza o campo da falta e do desejo.

 

A chamada função fálica é aquilo que regula o desejo dentro da ordem simbólica — o mundo das palavras, das leis, das proibições e dos nomes. É o que permite ao sujeito desejar, porque cria a falta.

Sem essa falta, não haveria desejo; haveria apenas satisfação bruta, instintiva.

 

Exemplo cotidiano:

Quando uma criança aprende que não pode ter tudo — que a mãe não é inteiramente dela, que há algo que lhe escapa — ela entra na ordem simbólica. Essa interdição é o “não” que o Nome-do-Pai introduz: o limite que separa o desejo do gozo absoluto.

Assim, o falo é o que marca a falta e, ao mesmo tempo, sustenta o desejo.

Exemplo histórico:

No mito de Édipo, o interdito de incesto é a representação clássica da lei fálica. É o limite que funda a cultura — “não podes ter a mãe” — e, portanto, é também o ponto em que o sujeito se constitui como desejante.

 

O FEMININO

 

O feminino, em Lacan, não se define por ser “mulher”, mas por uma posição subjetiva diante da função fálica.

Enquanto o lado masculino é “todo submetido” à função fálica (ou seja, todo regulado pela linguagem, pelo simbólico), o feminino é o “não-todo” — não totalmente submetido à lei do falo.

Isso significa que o feminino tem uma parte que escapa à linguagem, que não se deixa capturar por completo pelo simbólico.

É o território do gozo outro, o gozo não-fálico, uma forma de prazer e experiência do ser que ultrapassa o que pode ser nomeado ou racionalizado.

 

 Exemplo cotidiano:

Quando alguém diz “não sei explicar, mas sinto”, está tocando algo desse gozo não-fálico — um tipo de experiência que não cabe em palavras.

É o campo da intuição, da criação artística, do místico, do inconsciente que fala por símbolos e imagens, não por lógica.

 

Exemplo histórico:

A figura da bruxa é a encarnação simbólica desse feminino não-todo.

Ela representa um saber que não passa pela lei do Pai, mas pela relação direta com a natureza, o corpo e o mistério.

Por isso, foi perseguida: porque corporificava aquilo que escapa à ordem racional e patriarcal — o saber do corpo, o prazer sem medida, o desejo que não se submete.

 

O HALLOWEEN

 

O Halloween, em suas origens, remonta ao Samhain, o antigo festival celta que marcava o fim da colheita e o início do inverno — tempo de morte simbólica e de contato com o invisível.

Era o momento em que os véus entre os mundos se tornavam mais finos, permitindo o encontro entre vivos e mortos.

 

Na leitura simbólica, o Halloween é a noite em que o Real lacaniano se aproxima: o campo do que não pode ser totalmente simbolizado — o indizível, o recalcado, o reprimido.

As máscaras e fantasias que usamos são significantes móveis, que nos permitem brincar com o medo, o desejo e a morte — tudo aquilo que o discurso cotidiano tende a reprimir.

 

 Exemplo cotidiano:

Quando uma pessoa se fantasia no Halloween — de bruxa, vampiro ou monstro — ela dá forma simbólica ao que normalmente é negado ou reprimido.

É uma forma socialmente permitida de flertar com o inconsciente, com os próprios medos e impulsos.

 

Exemplo histórico:

Durante a Inquisição, as fogueiras das bruxas foram o modo de “purificar” aquilo que o patriarcado não podia simbolizar: o gozo feminino, o saber do corpo, o mistério da morte e da sexualidade.

O Halloween, herdando essas imagens, reencena inconscientemente esse encontro com o proibido — mas agora sob a forma de festa.


Carlos Costa França

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