Ninfa do Coração Acordado

 


 

Minha linda, com coração de fada e alma de ninfa

Beijei, por minha própria vontade,  as faces das musas...

Atordoado aos pés dos desejos, enxerguei estrelas absolutas

Essas deusas caprichosas e ciumentas... por vezes,  dominadoras

Irradiaram uma nova aurora

Acorrentaram-me  entre as páginas da vida

Mas seus favores são sempre doces e vastos

Colho como que um prazer intransitivo

Por outro lado, a realidade exige-me o dobro de atenção e metade do prazer provável

O que faço como poeta e bardo?

No momento, traço algumas linhas enquanto observo lábios tão vermelhos e abstratos...

Tão mais próximos dos bosques encantados

Que ouço sátiros segredarem o passado

É nesta hora que agradeço a teu chamado e cuidado

Ninfa do coração acordado!

  

Carlos Costa Fança 

 

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